Coração Disponível

As vezes a vida é estranha
Nós prega algumas peças

Num dia nós somos os certos
Em outro nós vemos que não

Eu tento mudar meu destino
E ele, mudar minha pressa

Mostrando de forma tranquila
Que manda em meu coração

Um dia, eu achei que era cheio
E hoje, está disponível

Esperando alguém preencher
Aguardando estenderem uma mão

E assim esperamos que a vida
Seja viva e jamais invisível

Tropeçando, chorando, sorrindo!
Espantando qualquer solidão

Gosto muito de ser acordada
Com idéias que são imortais

Eu prefiro que tudo aconteça
De maneira contrária do não

Se abismos já foram habitados
Por pessoas que foram iguais
Então, eu vou me destacar
No anônimo da imensidão

Livro sem Capa

No livro da vida é aonde escrevemos tudo o que nos faz viver
Ele tem começo e meio, mas não tem um fim
Dividido em capítulos que variam entre nascer, ser, crescer
Rabiscamos, apagamos e escrevemos assim


Todo mundo nasce com uma borracha, um lápis e um livro da vida
Assim que aprendemos a escrever, começamos
A introdução é a primeira parte a ser escrita e lida
E, a cada parágrafo registrado, publicamos


A cor da grafite do lápis não é igual para cada identidade
Ela vai variar, conforme o destino
Algumas são mais fortes, pois escrevem com uma maior intensidade
Já outras, seguem só o fluxo contínuo


De vez em quando, eu acho que a minha grafite é meio doida
E faz algumas palavras saírem apagadas
Em compensação, na maioria, ela é forte e rabisca afoita
E, de tanta força as pontas, no chão caem quebradas


Como é a capa do livro da vida de todo indivíduo?
Não sei, não dá pra saber
Cada hora as histórias mudam e priorizam outro capítulo
 E a capa fica sem entender, rs!


Percebi que muita gente dá valor só para um determinado tipo de assunto
E resume sua felicidade naquilo
Eu não acho que a vida deva ser tão pobre e se parecer com um resumo
Decidi! Eu não quero viver só um título