Por qual motivo é inevitável não me controlar?
Você consegue me roubar a lucidez
Drasticamente surrupia-me de vez
Seria certo me privar deste intenso?
Algo tão forte, que devolve minha coragem
Um colorido que invade meu cinzento
Uma vontade de falar-te só a verdade
Por que será que não consigo parar de sonhar?
Por qual motivo foi inevitável não me apaixonar?
Você consegue suprimir meu desespero
E extirpar qualquer resquício de algum medo
Seria certo me privar deste sincero?
Algo tão bom, que devolve o meu calor
A realidade, que a muito eu espero
A aspiração de jorrar o meu amor
Por que será que eu quero só ficar ao seu lado?
Por qual motivo a saudade é meu legado?
Você transforma o estranho em normal
Eu me pergunto: “E será? Tu que és real?”
Seria certo desistir deste concreto?
E eu respondo “Não seria e não farei”
Como eu te espero... Te desejo... Te venero...