O sangue que escorre nos meus braços tem a ver com nossa ilusão
Espero que ultrapasse o meu poder de não pensar em toda confusão
Você teve a chance de mostrar toda a impureza que me escondeu
Mas, sempre preferiu apunhalar-me com promessas que me prometeu
Não quero que você chegue a achar que eu te dei uma imprevisão
Eu sempre soei clara, fiz de tudo pra passar-te toda a atenção
Agora, eu cansei, não quero mais, você perdeu meu mais feliz, meu bem
E quando eu decido não há tempo pra voltar e implorar-me além
Eu sei, não adianta lamentar, pois o que foi perdeu-se na prisão
Agora o que me resta é só o medo de morrer junto com a solidão
Feliz será aquela que não teve, não conhece o mau que fez pra mim
Mentiras, absurdos infundáveis, inconclusos que nos trouxe o fim
Engula este choro, não me faz amolecer com minha decisão
Devia ter pensando, não ter feito essa desgraça no meu coração
Se o sangue fosse só entre meus braços, estaria sem me preocupar
Porém, ele escorre, extravasa, se espalha sem se importar
Eu tive uma idéia, vou fingir que não existe e nada aconteceu
Fugir pra algum lugar que não conheço e esquecer que já me entristeceu
Pegadas deste sangue em desespero são as provas que eu não pedi
Se ao menos eu soubesse antes de acontecer, eu não estaria aqui
Eu xingo, eu maltrato, eu debato, mas não serve pra aliviar
Não sei mais o que faço, se me imploro, se me obrigo: nunca mais amar
Agora está chovendo e molhando todo o sangue que caiu do céu
Te peço que recorde que um dia te joguei dentro de um mar de mel